ATA DA DÉCIMA OITAVA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA LEGISLATURA, EM 26-11-2015.

 


Aos vinte e seis dias do mês de novembro do ano de dois mil e quinze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às dezesseis horas e trinta e nove minutos, foi realizada chamada, respondida por Airto Ferronato, Antonio Matos, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Dr. Goulart, Dr. Raul Fraga, Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Jussara Cony, Kevin Krieger, Marcelo Sgarbossa, Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga, Sofia Cavedon, Waldir Canal. Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos e iniciada a ORDEM DO DIA. Ainda, durante a Sessão, compareceram Dr. Thiago, Reginaldo Pujol e Séfora Gomes Mota. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Executivo nº 035/15 (Processo nº 2350/15), o qual, após ser discutido por Fernanda Melchionna e Sofia Cavedon, teve sua discussão suspensa, em face da inexistência de quórum deliberativo. Na oportunidade, foram apregoados os seguintes Requerimentos, deferidos pelo Presidente, solicitando votação em destaque para Emendas e Subemendas apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 035/15: de autoria de Lourdes Sprenger, com referência às Emendas nos 89, 90, 91, 92, 93, 94 e 95, à Subemenda nº 01 à Emenda nº 90 e à Subemenda nº 01 à Emenda nº 92; de autoria de Clàudio Janta, com referência às Emendas nos 61 e 62. Durante a Sessão, foi registrada a presença de Enderson Rocha de Morais, vereador de São Luiz Gonzaga – RS. Às dezessete horas e cinquenta e dois minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo, em verificação solicitada por Jussara Cony, o Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para a sessão ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos por Paulo Brum e secretariados por Delegado Cleiton. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum – às 16h39min): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 2350/15 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 035/15, que estima a receita e fixa a despesa do Município de Porto Alegre para o exercício econômico-financeiro de 2016.

Com Emendas nºs 01 a 188; Subemendas nº 01 às Emendas nºs 04, 07, 17, 21, 25, 26, 34, 36, 38, 54, 57, 59, 60, 67, 72, 78, 88, 90, 92, 97, 103, 104, 110, 129, 133, 137, 144, 152, 157 a 160, 165, 168, 181, 183; e Subemenda nº 02 à Emenda nº 157.

 

Parecer:

- da CEFOR. Relator Ver. Airto Ferronato:

01. Pela aprovação do Projeto e das Emendas nºs 01 a 03; 05; 06; 08 a 10; 12 a 15; 19; 20; 22; 24; 29 a 32; 35; 37; 40; 42 a 53; 55; 58; 63 a 65; 71; 73 a 77; 85 a 87; 109; 115 a 120; 123 a 126; 128; 130; 135; 136; 141; 142; 154 a 156; 166; 169; 170; 174 e 182.

02. Pela aprovação das Emendas com Subemendas: nº 04; 17; 21; 25; 26; 34; 36; 38; 54; 57; 59; 60; 67; 72; 78; 88; 90; 92; 97; 103; 104; 110; 129; 133; 137; 144; 152; 158 a 160; 165; 168; 181; 183, todas com Subemenda nº 01, de Relator, e 157, com Subemendas nºs 01 e 02, de Relator.

03. Pela rejeição das Emendas nºs 07; 11; 16; 18; 23; 27; 28; 33; 39; 41; 56; 61; 62; 66; 68 a 70; 79 a 84; 89; 91; 93 a 96; 98; 99; 100 a 102; 105 a 108; 111 a 114; 121; 122; 127; 131; 132; 134; 138 a 140; 143; 145 a 151; 153; 161 a 164; 167; 171 a 173; 175 a 180 e 184; e da Subemenda nº 01 à Emenda nº 07.

04. Pela aprovação das Emendas de Relator nºs 185 a 188.

 

Observações:

- para aprovação, maioria simples de votos, presente a maioria absoluta dos Vereadores – art. 53, caput , c/c art. 82, caput, da LOM;

- o Projeto será votado com as Emendas com Parecer pela aprovação, nos termos do art. 120, VI, do Regimento da CMPA;

- para a votação em separado de Emenda com Parecer pela aprovação ou rejeição, será necessário requerimento subscrito por um terço dos membros da Casa – art. 120, VI, do Regimento da CMPA;

- após a aprovação de Parecer na CEFOR e durante a Ordem do Dia não serão admitidas Emendas (art. 120, § 1º, do Regimento);

- incluído na Ordem do Dia em 26-11-15;

- discutiram a matéria as Vereadoras Fernanda Melchionna e Sofia Cavedon em 26-11-15.

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Em discussão o PLE nº 035/15. (Pausa.) A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para discutir o PLE nº 035/15.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Eu quero começar o debate da LOA falando da gravidade da situação, um pouco, na fala anterior de Lideranças, criticando o projeto, Ver. Alex, que destinou R$ 7 milhões para cargos em comissão, e nós votamos contra. V. Exa., comandou as nossas denúncias aqui nesta tribuna. Uma das nossas maiores preocupações justamente tem a ver com a diminuição das verbas destinadas a várias áreas, entre elas, a área da saúde: a crise em que vivem os hospitais, os pronto atendimentos, as Unidades Básicas de Saúde, que é agravada pela diminuição da arrecadação e por um Governo que segue uma lógica de seguir governando com esses milhões gastos em CCs, com média de R$ 15 milhões gastos em publicidade, com uma lógica de não fazer uma justiça distributiva buscando regulamentar leis que são fundamentais, como o IPTU progressivo no tempo, regulamentando a concepção da função social da propriedade, que poderia fazer com que o Município arrecadasse mais e tivesse políticas concretas para a moradia, para habitação popular. Esse Governo segue numa lógica que tem levado a Cidade a ter muitas perdas, uma delas, por exemplo, foi o SIAT, fonte de contestação do Tribunal de Contas do Estado. O SIAT foi feito por uma empresa chamada Consult, que teria firmado um aditivo de R$ 6 milhões, caso o TCE não tivesse sido pró-ativo e garantido que esses recursos não fossem para o valo da corrupção. Esse sistema, que não precisava ter sido contratado, porque a Procempa tem tecnologia para fazer isso, não só foi oneroso em termos de recursos para o Município de Porto Alegre, como o Município deixou de arrecadar IPTU, porque ele tem problema no lançamento dos dados.

Quando nós discutimos a LOA, é preciso discutir o conjunto de medidas que estão sendo aplicadas pelos governos, o que tem feito aumentar a crise econômica, aumentar o desemprego, aumentar a inflação, piorar a vida dos trabalhadores brasileiros e brasileiras, o que se reflete também nos Municípios. Nós temos que discutir a responsabilidade do Governo Estadual, que não repassa os recursos da saúde. Nós estávamos agora com o Secretário Municipal de Saúde, na Comissão Especial da Saúde, e falávamos sobre os recursos que o Governo do Estado deve e não paga. É preciso discutir as prioridades da Lei Orçamentária Anual da cidade de Porto Alegre, é preciso discutir a LOA, primeiro, combatendo uma lógica de ficção, que é o que tem marcado, ao longo dos anos, a forma como o Governo Fortunati-Melo tem feito com relação ao Orçamento: projetos essenciais não são executados, projetos e programas são contingenciados em mais de 50, 60, 70% e, em alguns casos, em até 90% dos valores previstos no Orçamento. Nós poderíamos pegar a Secretaria Adjunta da Mulher, os valores orçados; nós poderíamos pegar o Plano Municipal do Livro e da Leitura, nós poderíamos pegar muitos programas e muitos projetos que o Governo simplesmente bota no Orçamento e, como se fosse uma verdadeira peça de ficção científica, não executa. Ele contingencia esses recursos, não gasta com as áreas sociais e segue numa lógica de terceirização dos serviços públicos, o que gasta mais, desperdiçando recursos.

Eu fiquei chocada com as obras do BRT na Bento Gonçalves, que demoraram anos para ficar prontas, o dobro de tempo previsto, e, logo depois, eles começam a destruir o concreto que recém tinha ficado pronto! Isso é desperdício de dinheiro público! Desperdício de dinheiro público e nós precisamos discutir, quando discutimos o Orçamento. Nós precisamos discutir o corte drástico nos CCs; o corte drástico na publicidade; o Orçamento de Porto Alegre ser executado para beneficiar de fato as áreas sociais, empoderar a cidadania, criar espaços democráticos e, ao mesmo tempo, não ser uma peça de ficção cientifica.

Ver. Ferronato, vi agora o seu relatório e quero comentar que o relator aprovou a emenda do Plano Municipal do Livro e da Leitura. Eu vou ter oportunidade de falar, porque é uma vitória da Câmara de Porto Alegre essa lei ter sido aprovada. Infelizmente, o Governo vem mandando...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Presidente concede tempo para o término do pronunciamento.)

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: ...Eu tenho feito emendas, ano passado o relator cortou os valores das emendas, e este ano a sua relatoria garantiu a aprovação, na íntegra, da nossa emenda que destina R$ 200 mil para o Plano Municipal do Livro e da Leitura. Acho que isso é muito importante, e quero também valorizar a ideia de que o Plano Municipal do Livro e da Leitura está virando uma realidade na cidade de Porto Alegre. E foi um verdadeiro deboche a Prefeitura mandar um orçamento prevendo apenas R$ 2 mil. Eu espero que essa emenda e outras tantas que consertam outras partes do Orçamento, possam, de fato, ser aprovadas para que consigamos garantir essas áreas sociais, tão importantes para o Município. Queria fazer este registro do trabalho do Ver. Airto Ferronato.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Registramos a presença do Ver. Enderson Rocha de Morais, de São Luiz Gonzaga. Seja bem-vindo.

Defiro o Requerimento de autoria da Ver.ª Lourdes Sprenger, solicitando que sejam votadas em destaque as Emendas nos 89, 91, 93, 94 e 95; a Emenda nº 90 com Subemenda nº 01; e a Emenda nº 92 com Subemenda nº 01, todas ao PLE nº 035/15.

Defiro o Requerimento de autoria do Ver. Clàudio Janta e outros, solicitando que sejam votadas em destaque as Emendas nos 61 e 62 o PLE nº 035/15.

A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLE nº 035/15.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Em primeiro lugar, eu devo fazer uma homenagem à forma da relatoria do Ver. Airto Ferronato. Acho que é muito diferente quando um relator senta com um Vereador, com uma Vereadora... Inclusive quero parabenizar o Jezoni, que representa aqui o Governo Municipal, porque acho que é um olhar respeitoso, dialogado, não é de concessão pura e simples, de problematização, de construção de soluções. Eu quero dizer que é uma das primeiras vezes que vejo isso construído, nesta Casa, na relação com a oposição. E foram assim tratadas as emendas populares e as emendas que eu encaminhei. Quero aqui deixar muito claro que as emendas são resultado do teu cotidiano, do ano inteiro, às vezes, vários anos trabalhando determinado tema e a gente vê que ainda não está contemplado no Orçamento, vê que é possível buscar uma outra dimensão. Sabemos que no ano seguinte, muitas vezes não acontece, mas quando a entidade vai à luta, quando o proponente, quando a causa é forte, ela vai realizar. Eu digo para as pessoas que se relacionam com mandato: agora vai à luta, apresenta a proposta, te organiza. Então, quero dizer claramente ao público que nós aceite muito respeitava nesse processo de construção do Orçamento para 2016.

De outro lado, quero também dizer que foi muito positiva a constituição da Comissão de Creches de Comunidade Conveniadas – COMCRECHES, composta por quatro ou cinco Vereadores de vários partidos, uma iniciativa do Ver. Airto Ferronato, foi uma iniciativa do seu compromisso no ano passado nos debates que fizemos e na emenda popular que foi trazida aqui pelas entidades, Ver. Antonio Matos. A emenda popular de 2014, de R$ 2,5 milhões, com cem entidades assinando, teve dificuldades, não foi acolhida num primeiro momento pelo relator, o Ver. Airto votou contrariamente, mas se comprometeu em abrir o debate e o fez neste ano. E a Comissão trabalhou esses três meses com muita escuta das instituições infantis comunitárias, com os limites é obvio que o Parlamento tem, mas encaminhou algumas questões importantes, uma delas foi a Lei de Diretrizes Orçamentária, onde nós construímos uma emenda consensuada, que diz respeito ao que a Câmara não utilizar aqui do seu Orçamento voltará 70% para o Funcriança e 30% para a saúde, essa foi uma grande conquista resultado do protagonismo das creches comunitárias nesta Casa, mais a capacidade de escuta dos Vereadores, da base e da oposição.

Então, nós construímos isso e, agora, entrou uma nova emenda popular de R$ 2,5 milhões, a qual foi acolhida pela Relatoria, que é a emenda das entidades. As entidades estão se dedicando ao Plus Berçário para um nível de ensino que é o mais caro, e acho que é muito justo. E nós ainda não desistimos – eu quero encaminhar a minha fala sobre o Orçamento – de que o Governo Municipal, ainda no mês de dezembro, desembolse a emenda popular do ano passado, consiga priorizar, no fechamento do ano, os R$ 2,5 milhões que estão previstos no Orçamento deste ano. É muito importante, é uma questão estratégica, é uma questão de honra desta Casa buscar, coletivamente, Ver.ª Jussara, todos os partidos. O Ver. Airto pediu a reunião com o Governo. Eu quero fazer um apelo ao Líder do Governo aqui na casa, Ver. Kevin Krieger – já falei com ele hoje à tarde –, ao Jezoni, aos Vereadores e Vereadoras de todos os partidos para que possamos convencer e sensibilizar o Governo, porque, no mês de dezembro, as entidades têm muitos problemas para resolver, têm que pagar 13º dos seus funcionários, têm demissões, têm férias, têm reformas nas creches para fazer para começar o ano seguinte. Então, estes R$ 2,5 milhões da emenda popular do ano passado são importantíssimos, e, se a gente conquistar isso, acho que foi a Comissão Especial que mais sucesso, mais efetividade teve nesta Casa. Isso me alegraria muito e espero o empenho de todos nós para que este Orçamento, de fato, priorize a criança, a infância.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. JUSSARA CONY (Requerimento): Sr. Presidente, solicito verificação de quórum.                          

 

O SR. PRESIDENTE (Paulo Brum): Solicito abertura do painel eletrônico para verificação de quórum. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Doze Vereadores presentes. Não há quórum. Estão encerrados os trabalhos desta Sessão Extraordinária.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h52min.)

 

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